domingo, 25 de março de 2012

Dilma lança programa nacional de educação no campo

A presidente Dilma Rousseff lançou nesta terça-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto, o Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo). O programa tem o objetivo de formar professores, educar jovens e adultos e garantir práticas pedagógicas para reduzir as distorções no cenário educacional do campo brasileiro. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou que a iniciativa “vai dar uma grande contribuição para que o Brasil resgate uma dívida histórica”. “Não temos uma política específica de educação para os jovens que vivem no campo brasileiro. O Pronacampo tende a reverter essa situação”, disse o ministro. A presidente Dilma Rousseff demonstrou, em seu discurso, preocupação, sobretudo com os pequenos agricultores, da agricultura familiar e assentados. Segundo ela, parte significativa da população mais pobre deste País está em áreas de quilombolas ou nas áreas onde não houve prosseguimento das ações de reforma agrária. Ela destacou a importância da iniciativa do Pronacampo, que vai preparar os estudantes na sua área, que é responsável por boa parte do superávit comercial do País.

A presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presente à solenidade, disse que as “políticas públicas se concentraram no campo apenas com transporte escolar e nada mais”. “São décadas de abandono no campo”, disse a senadora, que elogiou a iniciativa do governo.

Durante a cerimônia, uma mulher com boné do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) pediu que a escola do campo “seja como a nossa casa, não como a casa alheia” e entregou à presidente um dicionário sobre a educação no campo. Da plateia, algumas pessoas cantaram que “Educação no campo é direito, não é esmola”.

Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), no campo, 23,18% da população com mais de 15 anos é analfabeta e 50,95% não concluiu o ensino fundamental. O governo quer permitir acesso de 1,9 milhão de estudantes a bibliotecas escolares, implantar ensino integral em mais de 10 mil escolas, promover formação continuada para mais de 10 mil professores, oferecer 120 mil bolsas de formação profissional no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), disponibilizar recursos para a construção de 3 mil escolas e aquisição de 8 mil ônibus escolares. O Programa Nacional do Livro Didático também deve garantir a distribuição de material sobre a realidade rural para mais de 3 milhões de estudantes.

Fonte: www.consuladosocial.com.br

GT de Juventude Rural da SNJ realiza reunião em Brasília

O Grupo de Trabalho de Juventude Rural da Secretaria Nacional de Juventude (GTJR/SNJ) se reuniu nesta quinta e sexta-feira (22 e 23), no Centro de Capacitação e Desenvolvimento – CECAD, anexo do Palácio do Planalto em Brasília-DF. Na pauta, assuntos como a Rio+20 e a discussão do Programa de Capacitação e Geração de Renda pra a Juventude Rural. No primeiro dia foi feita uma apresentação da atual situação do grupo e um diálogo sobre a realização do Seminário Nacional para a Construção de uma Política Nacional para a Juventude Rural.

O GTJR foi criado a partir da mobilização e articulação de organizações e movimentos rurais que procuraram a SNJ para propor um diálogo com suas principais demandas para enfrentar os problemas e dilemas desse segmento juvenil. Entre as pautas estratégicas a serem trabalhadas pelo grupo está a sucessão rural/permanência na terra, formação política e cidadã, sustentabilidade, acesso à cidadania e serviços públicos, inclusão digital e educação.

Na representação das entidades da sociedade civil que compõem o grupo de trabalho estão a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Pastoral da Juventude Rural (PJR), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) e a Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).

Fonte: Conjuve

Coletivo de Jovens de Nordestiva avalia 2011 e planeja ações para 2012

O Coletivo Municipal de Jovens de Nordestina -CMJN- Tem desenvolvido nesse início de ano grandes atividades importantes para a mobilização da juventude Nordestinense.

-Início das atividades (2012), com um super planejamento em reunião mensal no dia 14 de Janeiro e com uma reavaliação de 2011 para focar com mais aperfeiçoamento nas atividades planejadas para 2012;
 - Dando continuidade as atividade, em reunião mensal no dia 11 de fevereiro, foi redefinido a programação para o primeiro semestre de 2012, debatendo a importância de se criar o conselho de Juventude no município,  com os primeiros passos a serem tomados a partir da conferência municipal de juventude, realizada em 2011, tirado como encaminhamento as visitas a serem feitas nos grupos de base, e que a próxima reunião será uma oficina " Projeto de Vida, com Givaldo, coordenador de Juventude do MOC, além de 6 jovens enviados para estudar na EFAs de Monte Santo.

-Em reunião com o Secretário de Juventude do STTRN (Ademilson Jesus), com o representante da Associação dos moradores de Morrinhos, Associação dos moradores de Serrote e com a Secretária de Assistência Social, foi encaminhado o processo de mobilização do movimento social para criação do Conselho de Juventude.

O coletivo vem com passos firmes no processo de mobilização da juventude, pois o seu desenvolvimento só ocorre com o desenvolvimento pessoal de cada jovem que conquista seu espaço na sociedade a partir da organização e o despertar para o crescimento grupal e humanitário na conquista de uma sociedade mais justa.

Muitos são os jovens do CMJN que estão avançando rumo ao sucesso: Ademilson de Jesus, estudante do 3º semestre do Curso Técnico em Agropecuária, graduando em Gestão Ambiental (5º semestre), aprovado no concurso do REDA 2012, eleito secretário de juventude do STTRN (sendo afastado no mês de março por ser aprovado no concurso do REDA). Coordenador e mobilizador de Juventude (CMJN, J.A.Teatro); Catarina dos Santos, estudante de Educação do Campo na UNEB de Itaberada; Lucivania Souza, estudante do 3º semestre do Curso Técnico em Agropecuária; Silvonei Barbosa, estudante do 1º semestre do Curso Técnico em Agropecuária e coordenadora do CMJN; Walisson, coordenador do CMJN; Tahis, coordenadora do CMJN; Marinalva, estudante de Pedagogia, secretária de Educação do STTRN e mobilizadora de juventude; Gerian Carneiro, pedagogo e instrutor do ProJovem Adolescente; Edivânia Batista, vice da Secretaria Geral do STTRN; Aline, Josevania, Adevaldo Helhio, estudantes de Cursos Técnicos Profissionalizantes em Juazeiro-Ba e Petrolina-Pe.

Muitos são os jovens do CMJN que crescem socialmente, mas sem esquecer que o coletivo é de fundamental importância nesse processo, lhe dando o real valor com méritos em seu processo de organização juvenil.

Texto: Ademilson de Jesus
Extraído de: coletivodejovens-nordestina.blogspot.com.br

terça-feira, 20 de março de 2012

Seminário Nordeste “Por uma Política Nacional de Agroecologia e Sistemas Orgânicos de Produção” começa hoje

Debater propostas para a elaboração da Política de Agroecologia e Sistemas Orgânicos de Produção. Este é o objetivo do Seminário Nordeste “Por uma Política Nacional de Agroecologia e Sistemas Orgânicos de Produção”, que acontece entre hoje e amanhã (20 e 21 de março), na Quinta Portuguesa, em Itinga-BA.

O seminário, organizado pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e SASOP, com apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA/PDA), Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) e Rede ATER NE, conta com a presença de cerca de 50 representantes de organizações que atuam no campo da agroecologia e dos orgânicos.

A proposta do seminário regional é produzir subsídios para a formulação da Política Nacional, a partir de suas respectivas realidades e experiências em diferentes contextos socioambientais de promoção da agroecologia. O debate será ampliado no Seminário Nacional previsto para os dias 10 a 12 de abril de 2012, quando se consolidará um posicionamento unificado das articulações para ser apresentado ao Governo Federal.

Fonte: Sasop

segunda-feira, 19 de março de 2012

O poder mobilizador e de transformação da comunicação

No início de novembro de 2011, estive em Camamu, cidade localizada no Baixo Sul da Bahia, para passar a adolescentes e jovens rurais noções de comunicação, com foco na produção de jornal. A proposta era simples, porém desafiadora: fazer com que aqueles meninos e meninas aprendessem o ofício e, o mais importante, fossem motivados a continuar o trabalho nas comunidades onde moravam.

Para muitos deles, era o primeiro contato com o computador. Então falar-lhes sobre gêneros jornalísticos, editorias, lide, linha editorial, elementos textuais e gráficos e pirâmide invertida constituía uma missão ousada. Além do jornal, eles tiveram contato com as linguagens de fotografia, rádio e internet. E saíram empolgados. A semente havia sido plantada.

Eles vinham de comunidades rurais, assentamentos e quilombos. Lugares longes e de difícil acesso, prato cheio para desistirem e continuar onde estavam. A desculpa, afinal, estava armada! Durante a oficina, o desafio de parar, pensar e listar sobre o que eles queriam falar sobre cada comunidades, numa verdadeira reunião de pauta, foi enriquecedor. Isso porque, depois de escrever sobre os pontos fracos e fortes de cada localidade, muitos deles acabaram por descobrir as belezas que os cercam ou as mazelas que precisam ser superadas. A valorização e o compromisso com a herança cultural e a natureza da região foi, talvez, o legado mais importante, e por que não dizer, mais emocionante do aprendizado.

Em fevereiro desse ano, uma mensagem de celular foi o bastante para provar o poder mobilizador e transformador da comunicação. Em uma das comunidades participantes, uma semente havia brotado. Nascia “A Voz da Juventude”, um jornalzinho experimental criado pelos novos comunicadores, e que vinha com o verdadeiro espírito da comunicação social: levar informação, divulgar, valorizar e respeitar as diversidades.

Para se chegar até a comunidade do Barroso não é fácil. A estrada é irregular e, se chover, fica praticamente inviável. Mas a paisagem exuberante e a vontade de reencontrá-los foram vencendo as dificuldades. Durante dois dias, levamos mais informações sobre foto e jornal, e eles, em troca, nos deram a grande oportunidade e experiência de viver a comunidade e de conhecer as belezas naturais, além de relembrar um sentimento quase extinto nos grandes centros: a gentileza.

A chegada da chuva anunciava, tristemente, o fim das atividades e que era hora de ir embora. Do contrário, poderíamos ficar por ali mais alguns dias, o que, evidentemente, não seria nenhuma má ideia da sagrada natureza. Somente quem esteve por lá sabe o que significa ver a simplicidade de seu Elinaldo, pequeno produtor de cacau e guaraná; a sabedoria incondicional de Ana Célia, a Dra das ervas medicinais; as delícias da culinária e o sorriso tímido, porém verdadeiro e cativante de dona Delza. A garra de dona Maria que, aos 63 anos, ainda trabalha na roça e sobra tempo e simpatia para receber a todos com tanto amor e dedicação.

Mas o melhor de tudo é que estas histórias poderão ser vividas por muito mais pessoas, porque estão contadas, pelos meninos e meninas, no Fala Comunidade, o jornal que eles deram vida, vez e voz, e que agora vai girar, através de uma comunicação democrática e social, marcando um novo capítulo nessa história.

Texto e foto: Josevaldo Campos