sexta-feira, 29 de abril de 2011

Projeto de comunicadoras populares promove inclusão através do rádio

Foto extraída do site da Cemina
Foi através do casamento do rádio e a internet que o Projeto Cyberela, uma rede de mulheres comunicadoras, promoveu inclusão digital através do rádio. A proposta partiu da ONG CEMINA, que aparelhou em todo o Brasil mulheres para trabalhar com a comunicação através da criação de matérias radiofônicas, os quais eram veiculadas no programa Fala Mulher, através de uma rádio na internet (http://www.radiofalamulher.com/).

Aqui na Bahia, a rede teve representação em quatro municípios: Lençóis, Pintadas, Retirolândia e Paulo Afonso. Em Retirolândia, as mulheres receberam computador, softwares de edição e montagem de programas de rádio,conexão à internet e capacitação para lidar com integração das duas mídias trabalhadas.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Projeto Partilhando Comunicação é eleito por organização como uma das 20 melhores experiências já apoiadas

Banner utilizado no programa
Desenvolvido pela Rádio Comunitária Santaluz FM entre 2007 e 2009, o projeto Compartilhando Comunicação com a Comunidade foi eleito recentemente pela organização financiadora, a BrazilFoundation, como uma das 20 melhores experiências já apoiadas por ela. O projeto, que previa inicialmente a participação de 16 jovens da cidade de Santaluz (258 km de Salvador), acabou por contemplar 20 jovens. A formação incluía produção de programas para rádio, elaboração de grade de programação, montagem do processo de gestão de uma rádio ou de organização, além de oficinas de sensibilização para relações interpessoais. ”Quando a gente fez o seminário de apresentação do projeto Partilhando, nossa, era muita gente, e nós pensamos que era uma injustiça a gente fazer uma seleção só para 16 jovens, então pensamos em fazer para 20 e o projeto foi um sucesso”, destaca Edisvânio Nascimento, diretor executivo da rádio.

O sucesso que Edisvânio menciona se refere também ao que aconteceu a muitos dos jovens que passaram pelo projeto e com a própria Rádio. “Hoje, nós temos comunicadores da rádio que estão, inclusive, fazendo curso de comunicação, passaram no vestibular. Nós temos jovens que saíram da rádio e hoje estão trabalhando em outras organizações, cooperativas, viajando para trabalhar em outras organizações. O sucesso do projeto foi tanto para a cidade e região que depois várias pessoas vieram conhecer a rádio”, lembra.

Embora a proposta de apoio da BrazilFoundation (R$25 mil) tenha terminado em 2009, o projeto não parou. Através da parceria com outras organizações e estudantes de comunicação, a Rádio tem executado oficinas de comunicação e de gestão. A idéia é, além de continuar com os jovens egressos, englobar novas turmas.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Jovens criam Dia da Comunicação na Escola

Cansados da monotonia de todos os anos homenagearem as mesmas coisas, estudantes do município de Retirolândia (227km de Salvador), resolveram criar o Dia da Comunicação na Escola. Brincadeiras à parte, a turma tem levado a comemoração a sério. Jovens, adolescentes e crianças de algumas escolas da cidade celebram o dia com a produção de peças radiofônicas, fanzines e jornais, dentre outras relacionadas à comunicação.

Os temas das peças criadas falam sobre democratização da comunicação e da própria comunicação como direito da criança e do adolescente. Na comunidade de Lagoa Grande, os estudantes organizaram uma gincana, onde crianças apresentavam um jornal, com direito a apresentador e repórteres, e entrevistavam todo mundo presente no local, fazendo perguntas sobre os direitos da criança e do adolescente. “As crianças perdem a timidez. No início elas ficavam sem querer falar, agora quando abre o estúdio da rádio, enche de criança dizendo ‘quero mandar um alô pra mainha’, pedem música”, lembra Laudécio Silva, jovem morador da comunidade.

Crianças se mobilizam na comunidade
E o talento e criatividade dessa galerinha não para por aí. Durante as comemorações teve também show de calouros e a produção artesanal de aparelhos de comunicação.

Ouça o depoimento de Camila Oliveira, 24, autora da foto ao lado, sobre uma experiência presenciada junto a crianças da comunidade onde ela mora. Um exemplo prático do poder de mobilização e de transformação da comunicação comunitária.

Projeto Cine Mandacau leva cinema para comunidades rurais

Um telão, um retroprojetor e muita boa vontade. É com essa receita que jovens de Retirolândia, município distante 227km de Savador, tem levado o cinema para próximo das pessoas que moram na zona rural da cidade. O objetivo do Cine Mandacaru é democratizar a comunicação através da utilização de produções audiovisuais.

E engana-se se quem pensa que a sessão se resume apenas na mostra e em uma pipoquinha quente. O projeto é composto, também, de debates sobre um tema escolhido e sobre a própria produção cinematográfica. Segundo informações dos organizadores, a ideia é desmistificar a produção e despertar uma visão crítica nos participantes. “A partir do senso crítico eles podem ajustar um pouco a própria questão de identidade. Hoje em dia por causa dessa própria questão midiática, o que a gente vê nos jovens e adolescentes do nosso território, da nossa região e da nossa comunidade é que eles adaptam um estilo voltado para aquilo que eles vêm na TV. Não é apenas mostrar uma produção e vim embora, é provocar um debate e despertar esse senso crítico”, explica Camila Oliveira, uma das jovens organizadoras do Cine.
E tem mais.

Além destas mudanças, o Cine Mandacaru prevê a quebra de estereótipos e mudança de visão sobre a região e a forma de assistir televisão.

domingo, 3 de abril de 2011

Documentário produzido por jovens destaca manifestações culturais e aproxima comunidades da produção audiovisual

Câmeras nas mãos e muitas ideias na cabeça. Foi através desta fórmula simples que jovens do município de Retirolândia (227km de Salvador), na região sisaleira da Bahia, produziram um vídeo documentário sobre as manifestações culturais presentes na região. Intitulado Vamos Roubar um Boi, o mini-documentário foi gravado com moradores dos próprios municípios, que apresentavam as produções artísticas de cada localidade, como reizado, bumba-meu-boi, literatura de cordel, boi roubado, boi de reis e samba de roda, dentre tantos outros.

O vídeo já foi apresentado em oito dos dez municípios previstos para as ações do cinema itinerante, mas devido ao sucesso das apresentações nas cidades a lista será ampliada. Segundo os jovens produtores, o objetivo principal é levar o cinema até as pessoas que até então não tinham esse contato, divulgar as diversas manifestações culturais presentes na região sisaleira e fazer com que as pessoas tivessem a experiência de se verem em uma produção audiovisual.

Antes de gravarem o documentário, os jovens, que eram integrantes da AMAC, passaram por quatro etapas de formação em audiovisusal, produção de boletins, notícias culturais e contaram também com o apoio da UNEB, com informações sobre a história do município.

O vídeo é uma produção da Agência Mandacaru de Comunicação e Cultura (AMAC) em parceria com o Movimento de Organização Comunitária (MOC) e conta com o apoio do Programa Mais Cultura

Ouça o depoimento de Camila Oliveira, 24, estudante e diretora da AMAC.